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Medida de líderes
religiosos libera
também consumo
de gatos e burros
para evitar que
sírios morram de
fome
Um grupo de clérigos
sírios emitiu um
decreto religioso,
conhecido como
fatwa, permitindo
que sobreviventes
da guerra comam
tipos de carnes normalmente proibidas pelo Islã.
Em um vídeo, os líderes religiosos
aparecem dizendo que os
moradores de Ghouta, uma região
agrária próxima de Damasco, podem comer gatos, cachoros e burros para evitar
que morram de fome.
Os clérigos disseram que a fatwa é também um alerta para o mundo todo,
acrescentando que se a situação continuar a se deteriorar, os sobreviventes não
terão outra alternativa a não ser comer os mortos. A mensagem coincide com o
feriado muçulmano de Eid al-Adah – que normalmente é uma época de celebração.
Fatwas semelhantes já foram emitidas em outras cidades sírias, como Homs e
Aleppo, quando o conflito se agravou nesses locais.
Fome extrema
O decreto religioso foi divulgado em meio a uma crise de fome extrema no subúrbio de
Muadhamiya, na capital síria, que é controlado pelos rebeldes e está cercado.
Agências de ajuda humanitária fizeram um apelo ao governo do presidente Bashar
Al-Assad, para que permita a entrada de seus funcionários na região, onde muitos
moradores estão presos.
Centenas de civis, alguns carregando macas, conseguiram fugir de Muadhamiya no fim
de semana, após um cessar-fogo temporário.
Situação absurda'
Segundo agências de ajuda humanitária, fornecer alimentos e outros mantimentos
nessas áreas sob ataque deve ser tão prioritário quanto programas para desmantelar
o arsenal de armas químicas da Síria.
O diretor-geral da ONG Médicos Sem Fronteiras, Christopher Stokes, descreveu como
“absurda” a situação em que inspetores de armas químicas foram autorizados a se
locomover livremente em áreas em que as condições dos civis eram desesperadoras
e os comboios humanitários foram proibidos de circular.
Centenas de pessoas foram mortas em 21 de agosto, quando foguetes carregando gás
neurotóxico foram disparados nas regiões de Zamalka, Ein Tarma e Muadhamiya. Os
inspetores não determinaram quem foi o responsável pelo ataque químico – governo e
rebeldes acusam uns aos outros pelo crime.
Fonte: BBC
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