
De facto, mantidos em condições ideais, preservam somente durante aproximadamente uma década. Mas pesquisadores da Universidade de Twente, na Holanda, querem mudar a tendência com a criação de um disco rígido que pode durar 1 milhão de anos, apelidado de “gigayear”.
Assim, os pesquisadores pretendem criar uma tecnologia que possa preservar tudo que foi produzido pela humanidade, entre músicas, livros, filmes e fotos, até ao “fim dos tempos”.
Para tal, os cientistas utilizam um conceito simples: todos os dados são registados em linhas, que formam um padrão marcado – um código QR, basicamente – num disco metálico incrivelmente fino. Em seguida, o disco é coberto por uma camada protetora, que evita a corrupção das informações.
O círculo em que fica gravado o QR code é feito de tungsténio, cujo ponto de fusão é incrivelmente alto, sendo que para derretê-lo, é preciso colocá-lo sob 3.422 graus celsius – além de ter um baixo coeficiente de dilatação.
A “barreira”, por sua vez, é feita de nitreto de silício (Si3N4), que também se dilata pouco dependendo da temperatura a que é exposto. A combinação é teoricamente capaz de resistir durante 1 milhão de anos – ou até mil milhões – de acordo com testes de envelhecimento acelerado feitos em laboratório.
No entanto, de acordo com o Technology Review, do MIT, alguns fatores precisam de ser considerados antes de os discos rígidos eternos serem considerados "definitivos”. O processo de envelhecimento é feito em ambiente controlado, e é bem provável que os discos “gigayear” não resistam a situações adversas.
Ainda assim, os cientistas da universidade holandesa parecem estar a caminhar no caminho certo. Testes realizados pela equipa colocaram os discos sob um calor de 171°C – e os dispositivos não sofreram dano algum.
Os problemas só começaram a surgir aos 574°C), com a constatação de perda de informações, mas sem comprometimento da estrutura em si. Ainda assim, os pesquisadores pretendem deixar os discos rígidos "gigayear” ainda mais resistentes, de forma a que todo o conteúdo já produzido pela humanidade na atualidade, chegue intacto às civilizações do futuro
Fonte:ciencia-online
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