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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Jornal denuncia trabalho escravo em obras da Copa de 2022


O Catar deve enfrentar nova onda de críticas da opinião internacional após o jornal The Guardian denunciar nesta quarta-feira o uso de trabalho escravo para construir estruturas que serão utilizadas na Copa do Mundo de 2022. Imigrantes do Nepal têm trabalhado em condições sub-humanas e, segundo documentos obtidos pela reportagem, 44 funcionários já morreram no verão do país do Oriente Médio. Antes, as críticas ao Catar se restringiam às condições climáticas do país, já que no período em que normalmente é disputada a Copa do Mundo, entre os meses de junho e julho, o calor na região ultrapassa os 40º C. Políticos tentam articular uma mudança de sede ou, ainda, que o torneio seja disputado no inverno (em janeiro ou entre novembro e dezembro de 2022), bagunçando o calendário do futebol internacional.  As acusações do The Guardian, porém, são mais sérias. Há evidências de trabalho escravo na construção de uma estrutura que será utilizada na Copa do Mundo de 2022. Trabalhadores nepaleses têm reclamado à embaixada de seu país que não são pagos por meses, com seus passaportes sendo retidos por seus empregadores para impedirem que deixem o Catar. Durante obras no deserto, outros imigrantes reclamaram que houve negativas aos pedidos de água potável. Uma das estruturas citadas na reportagem do jornal inglês mostra trabalhadores nepaleses reclamando das condições enquanto construem Lusail, uma cidade que vem sendo erguida do zero e abrigará o estádio da final da Copa. O Comitê Organizador da Copa disse ao The Guardian que estádios e estruturas em geral diretamente ligadas ao torneio ainda não começaram a ser construídas, mas que estariam preocupados com as alegações.  (Terra)

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