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terça-feira, 12 de março de 2013

Cardeais se reúnem para início de Conclave


Cerimônia começa com missa na Basílica de São Pedro. De tarde, 115 cardeais de 50 países poderão escolher novo Papa



Itália -  Os cardeais da Igreja Católica se reúnem nesta terça-feira em uma missa que abre o conclave que elegerá o sucessor do papa Bento XVI. Após a missa, os cardeais eleitores começam o processo de escolha do novo Papa. Uma primeira votação está marcada ainda para esta terça-feira, mas, segundo o padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, o nome do novo Papa não deve sair nesta terça. O arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, é cotado como potencial candidato para suceder o Papa, segundo a imprensa italiana.
A cerimônia do conclave começa às 10h desta terça-feira, com uma missa na Basílica de São Pedro. Às 16h30 locais (12h30 de Brasília) começará o segundo conclave do terceiro milênio, do qual participarão 115 cardeais procedentes de 50 países, que se encerrarão na Capela Sistina para escolher o 266º papa da história da Igreja.
Os cardeais, que desde o último dia 4 se reuniram diariamente para preparar a assembleia, ocuparam nas primeiras horas desta terça seus respectivos quartos na residência Santa Marta, onde eles ficarão enquanto durar o conclave.
Antes se dirigir à Capela Sistina, às 10h (6h de Brasília), os purpurados celebrarão a missa "Pro eligendo pontifice", que será oficiada pelo cardeal decano, Angelo Sodano.
Dom Odilo é cotado
O brasileiro Dom Odilo Scherer rezou uma missa na Igreja de Santo André no Quirinal neste domingo em Roma, na Itália. "Que maravilha, veio muita gente hoje", disse Dom Odilo após saudar os jornalistas, que eram maioria, no início da missa.
O jornal italiano "La Stampa" afirmou no sábado que cresce a cotação do cardeal brasileiro para se tornar o novo Papa, por ser um latino-americano bem considerado, fala bem italiano e tem um sobrenome alemão e "modos medidos" que o fazem parecer "pouco latino".
A articulação incluiria eleger um secretário de Estado do Vaticano italiano, ou argentino de origem italiana no conclave de cardeais que deve ocorrer nos próximos dias, após a renúncia de Bento XVI, formalizada na última quinta-feira.
Por trás da iniciativa, segundo o jornal, estaria o decano do Colégio Cardinalício, Angelo Sodano, e o cardeal italiano Giovanni Battista Re, além de outros cardeais italianos. 
Como será o conclave
Às 16h30, eles entrarão na Capela Sistina cantando o "Veni Creator Spiritus", com o qual invocarão a ajuda do Espírito Santo. Após o juramento pelo qual se comprometerão a manter em segredo tudo o que for dito ou feito e a defender fervorosamente os direitos espirituais e temporários da Igreja em caso de ser o eleito, o mestre de cerimônias pontifícias pronunciará a frase "extra omnes" e todos os alheios ao conclave sairão da capela.
Segundo o esquema antecipado pelo Vaticano, poderá acontecer a votação inicial nesta terça e haver a primeira fumaça: branca, se o pontífice for escolhido, e preta, em caso contrário. O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse que o mais provável é que hoje seja lançada uma "fumaça preta".
Para ser eleito papa é necessário alcançar dois terços dos votos dos cardeais eleitores. Como eles são 115, é preciso somar 77 votos. A legislação vaticana estabelece que no segundo, terceiro e quarto dias devem acontecer duas votações de manhã e duas à tarde.
Se após esses três dias nenhum candidato tiver alcançado os 77 votos, se procederá a uma jornada de reflexão e preces na qual não se votará. Depois serão retomadas as votações para outros sete eventuais escrutínios.
Se também não houver um novo papa, se procederá a uma nova jornada de reflexão e depois a outros sete escrutínios. Sem a aguardada fumaça branca, haverá outra pausa de reflexão e outros sete escrutínios. E assim será até a 34ª vez. A partir desse momento, a escolha ficará entre os dois cardeais mais votados, mas esses não poderão participar da votação.
O conclave terá início sem um candidato francamente favorito, embora todos os olhares estejam postos em cardeais de igrejas dinâmicas e jovens, como os purpurados africanos e latino-americanos, e são muitos os que asseguram que o futuro papa não será italiano, devido às manchas lançadas pelo escândalo "Vatileaks".
Nos dias anteriores ao conclave, os "papáveis" mais citados são o italiano Angelo Scola, de 71 anos, arcebispo de Milão; o brasileiro Odilo Pedro Scherer, de 63 anos, arcebispo de São Paulo; o canadense Marc Ouellet, de 69 anos; e o arcebispo de Boston, o capuchinho Sean O'Malley.
As informações são da EFE

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