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domingo, 16 de setembro de 2012

Tatu-bola: espécie escolhida como mascote da Copa 2014 corre risco de extinção

O tatu-bola é um animal genuínamente brasileiro. Foto: Reprodução/Associação Caatinga
A escolha do mascote para a Copa do Mundo, que será realizada no país em 2014, pode mudar a realidade de um animalzinho genuínamente brasileiro e que corre sério risco de extinção. Trata-se do tatu-bola (Tolypeutes tricinctus), que agora ocupa lugar cativo nos noticiários e será oficialmente anunciado pela Fifa neste domingo como símbolo do Mundial. Para ambientalistas, a escolha do animal, que apenas é encontrado na caatinga e cerrado do Brasil, representa uma vitória, pois veem uma oportunidade única de discutir os meios de garantir a preservação da espécie. Mas de onde veio a ideia de indicar o tatu-bola como mascote? A iniciativa foi da Associação Caatinga, sediada no Ceará, e que há 14 anos trabalha em prol da preservação da natureza. A ONG lançou uma campanha sugerindo o bicho como mascote, em fevereiro deste ano, e conseguiu apoio expressivo na mídia e em redes sociais. ”A escolha deste animal, dentre tantas outras espécies silvestres, surgiu devido à habilidade que ele tem de se curvar sobre si mesmo, protegendo-se quando ameaçado, assumindo a forma de uma bola”, destaca a entidade. A ONG também viu uma oportunidade de ressaltar a beleza e curiosidades sobre o animalzinho. “É uma espécie só nossa, de comportamento tão peculiar, que poderia agregar a Copa, mostrando ao mundo a nossa rica natureza e o nosso compromisso com a biodiversidade, sensibilizando o povo brasileiro para a necessidade de cuidado e proteção da natureza.”
Quando ameaçado, o animal assume a forma de bola. Foto: Reprodução/Associação Caatinga

Bola como proteção Quando ameaçado, o animal assume a forma de bola. Foto: Reprodução/Associação Caatinga O tatu-bola é o menor do Brasil – pode medir, no máximo, 50 centímetros – e é o mais ameaçado. Sua caça já o fez desaparecer de vários Estados, já que muitos apreciam sua carne, considerada uma iguaria. Ainda segundo a Associação Caatinga, o tatu-bola não escava buracos como muitos pensam e, sim, aproveita as tocas abandonadas que encontra na natureza para se esconder dos possíveis predadores. Ao perceber a presença de onças ou raposas, por exemplo, seu corpo se contorce e ele esconde as partes frágeis como o tronco, a cabeça e as patas no interior de uma dura carapaça – que se fecha e fica em formato de bola. “Os tatus são dotados de três cintas móveis, de onde origina o nome tricinctus. Eles têm hábito noturno e alimentam-se basicamente de cupins, formigas e frutas”, segundo a ONG.

Tatu-bola como mascote da Copa. Foto: Reprodução

Preservação Tatu-bola como mascote da Copa. Foto: Reprodução Agora, depois da escolha do mascote, a Associação Caatinga tem mais um desafio: como preservar o animal no Brasil? Para solucionar a questão será eleborado um projeto, em parceria com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) e com a ONG The Nature Conservancy, para conservar a espécie, que receberia investimentos de patrocinadores da Copa. O plano financiaria pesquisas que definiriam a quantidade de animais existentes no país e as áreas naturais onde eles habitam. Agora só nos resta torcer para que a causa também seja abraçada pela Fifa, não é mesmo? :Fonte:blogs.band


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